segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Reflexão: Um parque de diversões

Parque dos Dinossauros (Jurassic Park) lançado em 1993 e dirigido por Steven Spielberg foi um típico filme de verão americano: ágil, grandioso e extremamente divertido. Justificava com sobras seu enorme apelo ao público.

Quem não teve oportunidade de assistir ao filme no cinema não tem idéia de seu poderio. E imagine-o sobre uma criança de apenas 10 anos de idade? 

Pois bem, lembro-me que saí da sala de projeção sonhando em ser paleontólogo e com os rugidos do tiranossauro impregnado em  minha cabeça.

Colecionei tudo o que encontrara relacionado ao mundo jurássico que surgiu no rastro do filme. E admito que, durante um bom tempo, todo e qualquer brinquedo que não tivesse relação com o tema era posto de lado, ou serviria de vítima para as atrocidades dos meus bichanos de brinquedo. 

A década de 1990 viria saturar o vulgarmente conhecido "cinema pipoca" dos grandiloquentes blockbusters. Filmes extravagantes que buscavam agradar o mais diversificado público, angariando bilheterias assustadoras. Filão nascido no final dos anos setenta, com o mesmo Steven Spielberg e solidificado na década de 80.

O surgimento de Tubarão (Jaws) em junho de 1975, plenas férias de verão nos Estados Unidos, redefiniu o mercado cinematográfico. Spielberg havia criado um monstro. E George Lucas, o elevado à enésima potência em 1977 com Guerra nas Estrelas (Star Wars).

A cartilha já nascera pronta: roteiro simples, personagens bem definidos e carismáticos, vilões intransponíveis, efeitos visuais revolucionários, trilha sonora poderosa e muito marketing. Era Hollywood conectando-se diretamente com nosso imaginário, provendo, de uma vez por todas, o escapismo absoluto do espectador.   

Inicialmente explorados em filmes de ação (aventura e fantasia) como Os Caçadores da Arca Perdida (1981) de Spielberg, De Volta Para o Futuro (1985) de Robert Zemeckis, Top Gun - Ases Indomáveis (1986) de Tony Scott,  obteve reconhecimento quando alcançou o romance com Titanic de James Cameron em 1997, vencendo nada menos do que onze Oscars, inclusive de melhor filme.

Cameron, que já alcançara o sucesso com o Exterminador do Futuro I e II, chegara ao cume com Titanic, até então a maior bilheteria da história cinematográfica. Mais de 1,8 bilhões de dólares, ultrapassado apenas por outro fenômeno de bilheteria do diretor: Avatar (2009). Atingindo a incrível marca de 2 Bilhões de dólares, tornando-se o maior blockbuster do cinema. 

Cameron herdara de Spielberg e Lucas a soberania sobre os filmes pipoca, mas não sobre o mais divertido, este continua sendo o nostálgico Parque dos Dinossauros. 


 

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