*Nome criado por Guilherme
Rezende
Em breve o 35mm, em parceria com o Enquadrando &
Andando, inaugurará o CLACAST. Um podcast totalmente voltado para a história e
a linguagem do cinema.
Caso você não saiba o que é um podcast, este é um arquivo de
áudio digital, gravado e editado, muitas vezes, como se fosse um programa de
rádio.
A ideia surgiu da vontade de nós quatro (eu, Fábio Rangel,
Daniel Cavalcanti e Guilherme Rezende) de montarmos um programa sobre cinema e como
sou o único a estudar o tema, a produção de um
material mais aprofundado seria impossível. Sendo assim, tirando partido da
relação superficial de que cada um dos integrantes com o cinema, tivemos a
ideia de usar o próprio podcast para alavancar nossos conhecimentos e
envolvimento com a sétima arte. Desta maneira, poderíamos oferecer ao ouvinte a
possibilidade de não só testemunhar, mas também de compartilhar e participar
desta trajetória.
Imagino que seja uma forma leve e descontraída de ingressar
neste mundo, pois nossa linguagem será simples e descompromissada buscando pelo
menos iniciá-los, assim como os três outros integrantes, num novo entendimento
desta arte.
Encontrei muita dificuldade em determinar por qual momento
da história o programa deveria começar, pois se fôssemos iniciá-lo nos tempos
atuais, retrocedendo até os primórdios do cinema no final do século XIX, muitos
filmes já teriam sido vistos pelos três e pelos ouvintes, enfraquecendo a
surpresa. Além do mais, recuar ao longo da história dificultaria o entendimento
do processo da transformação ocorrida. Contudo começar pelos filmes de D. W.
Griffith na década de 1910, por exemplo, seria massacrante e cansativo para o
público e para os outros participantes que ainda não estão devidamente
envolvidos e acostumados com filmes diferentes do que vemos no mainstream.
Busquei então, um momento de profunda transformação no
cinema americano, para que partíssemos dali até os filmes contemporâneos. E
encontrei a década de 70, ou seja, a Nova Hollywood. Esta fora uma ruptura tão
radical que os filmes pareciam desconectados com os das décadas anteriores, ou
seja, perfeito para se começar o podcast.
Desta forma, sairemos do final dos anos sessenta, chegando
até os filmes contemporâneos, mais precisamente até o ano de 2010. Após este
intervalo, regressaremos para a década de 1910, o cinema em seus primórdios, e
seguiremos até o final dos anos sessenta, totalizando cem anos de história
cinematográfica. Trataremos exclusivamente do cinema norte americano, pois
seria impraticável envolvermos também os filmes europeus e orientais. Estes,
ficam para uma próxima vez.
Vocês já devem ter percebido que o projeto será MUITO longo
e dependerá totalmente da boa vontade dos integrantes e, claro, dos ouvintes.
Mas espero que seja divertido e, principalmente, informativo para qualquer
pessoa que deseja dar seus primeiros passos.
O intervalo entre os podcasts ainda não está definido, já
que o trabalho de pesquisa, gravação e edição será bastante demorado.
Aproveitarei para expor minhas impressões sobre os
integrantes do CLACAST e falar um pouco sobre mim:
Rodrigo Carvalho
(apresentador)
Sou formado em Desenho Industrial - Programação Visual - e
estou cursando pós graduação em Animação 3D. Bem verdade é que o 3D foi o
caminho até o cinema como concepção profissional, pois este surgiu em minha
vida quando fiz um curso de 3D Max pela Fundação Oswaldo Cruz - onde trabalhei
como designer por quase 5 anos. Até então nem passava pela minha cabeça
ingressar no mercado de animação digital, quanto mais o tridimensional.
Comecei estudando maquete eletrônica e rapidamente me vi
buscando um curso que me auxiliasse em animação e modelagem de personagens, daí
descobri a minha pós graduação. Nela, por meio dos primeiros módulos de teoria
cinematográfica, aprofundei-me no estudo da linguagem e história do cinema,
lendo livros de teóricos, nacionais e internacionais, da
sétima arte. Sem dúvida, algo que me abriu totalmente o horizonte. Entretanto
minha curiosidade em relação ao cinema como arte, veio anos antes.
Daniel Cavalcanti
Daniel tem 23 anos e faz faculdade de Geografia (?!).
Percebo que, até então, seu envolvimento com o cinema era principalmente com
grandes blockbusters, apesar de receber bem filmes mais profundos e complexos
que chegavam até ele. É quem mais participa de meu blog e pra mim fica claro
que, partindo dos meus textos, conseguiu extrapolá-los, melhorando muito sua
leitura cinematográfica. Seu envolvimento com os filmes é mais racional do que
emocional, acabando por manter certo distanciamento, que, consequentemente, o
ajudará no avanço da "leitura" fílmica ao longo do CLACAST, ou seja,
em absorver o filme além do roteiro (montagem, direção...). Entretanto terá que
se esforçar para ultrapassar a barreira que este "distanciamento"
causará, pois terá dificuldade em se envolver com vários filmes.
Fábio Rangel
Fábio tem 25 anos e faz faculdade de Ciência da Computação
(o mais próximo de algo artístico dos três...rs). Ele é o inverso total de Daniel,
pois se envolve com extrema facilidade com os filmes, as vezes até demais. E a
mesma capacidade que tem em se emocionar com qualquer melodrama, tem em se
desinteressar e de desviar sua atenção. É uma característica interessante que o
ajudará a se envolver com obras mais radicais, com uma linguagem mais sensorial.
Entretanto, encontrará dificuldade em desenvolver a leitura dos aspectos
técnicos, extra-roteiro, dos filmes. Ao contrário dos outros, já tem certo
contato com filmes mais complexos de diretores conceituados e determinantes
para a história do cinema, como Stanley Kubrick, Paul Thomas Anderson, Martin
Scorsese, entre outros.
Guilherme Rezende
Guilherme tem 28 anos e faz faculdade de Engenharia Química
(eita...rs). Era, talvez, o mais distante da arte cinematográfica e o que menos
acompanha o meu blog. Em contrapartida, não tem preconceito com filmes
radicalmente diferentes dos que circulam nas salas de cinema. E acaba sendo
exatamente o meio entre os integrantes, não sendo tão emocional quanto o Fábio,
pois mantêm uma visão mais racional sobre os filmes, mas ainda assim
conseguindo envolver-se com maior facilidade que o Daniel. Percebo que o
simples fato dele estar acompanhando, corriqueiramente, as notícias e os filmes
em cartaz, está alavancando seu gosto pelo cinema. Mas terá de buscar se
esforçar ainda mais em busca de um maior envolvimento, possibilitando assim que
o CLASCAT seja determinante para sua relação com a sétima arte.
Até breve!
hauhauahuahau
ResponderExcluirMe sinto um rato de laboratório!
Gostei muito do texto, eu realmente tenho dificuldade de pegar os aspectos técnicos.
QUE SEJA INICIADO O EXPERIMENTO!
Estou bastante animado com as possibilidades... Vamo que vamo!
ResponderExcluirquase um big brother cinematográfico...
ResponderExcluirVou pedir pro Paulo Ricardo fazer uma vinheta pro programa... rs
ResponderExcluirUhul! Mal posso esperar por essa novidade!
ResponderExcluirTambém considero Cavaleiro das Trevas um dos melhores filmes que já vi (se não o melhor). Espero que vocês dediquem um cast exclusivo para ele.
Pode ter certeza que falaremos de Cavaleiro das Trevas, mas isso vai demorar... rs
ResponderExcluir